sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

EAD

EaD: Criando o futuro

Historicamente existe um forte vínculo entre crescimento econômico e força de trabalho. Da mesma forma entre crescimento econômico e produtividade. No primeiro caso quanto mais trabalhadores estiverem produzindo mais a economia cresce. No segundo caso com um mesmo número de trabalhadores, mas com melhores processos, físicos ou administrativos ou operacionais, há mais crescimento econômico.
Países como o Brasil podem crescer mais aceleradamente por disporem de mais produtividade que é adicionada a um maior ingresso de mão de obra ao mercado de trabalho, se compararmos com os mais de desenvolvidos.
Até ai tudo bem? Nem tudo.
Primeiro, o ganho de produtividade é estritamente ligado à capacidade de formação de conhecimento. Enfim, pessoas pensam processos e como melhorá-los. Esquecendo a rara figura do gênio o papel do sistema de ensino formal é essencial. O mesmo acontece nas inovações onde pessoas pensam novos produtos. Muito mais que a gênialidade vigora o esforço cotidiano do trabalho em equipe. O fundador da Microsoft não fez tudo sozinho, e se não houvesse toda a estrutura de ensino que havia dificilmente suas propostas teriam decolado.
Outra questão a considerar é a mudança de paradigmas do crescimento. As questões de cunho ambiental colocam em cheque o modelo de crescimento planetário. Questões como o aquecimento global e as decorrentes mudanças climáticas são manchetes quase diárias dos meios de comunicação. A produção de carbono e toda a cadeia industrial a ela associada são postas em cheque.
Alguma dúvida de que podemos prever profundas mudanças na produção industrial? Alguma dúvida de que a Matriz de Transporte ou a Energética terão que incorporar tecnologias alternativas ao consumo e produção de carbono? Tecnologias que sejam, como chamamos atualmente, sustentáveis e ambientalmente seguras?
Difícil não perceber que o futuro está na produção e disseminação do conhecimento.
Quando nosso População Economicamente Ativa (PEA) cresce mais que a dos países mais desenvolvidos, tudo que é uma enorme vantagem comparativa pode se tornar um desastre social se esse exército de trabalhadores não estiver qualificado.
Mais uma vez é a produção e a disseminação do conhecimento é a chave do futuro.
Deixando de lado o mero crescimento e imaginando que o desenvolvimento é o crescimento econômico, somado a outras categorias como o social, o político e o cultural, por exemplo, não erramos se dissermos que nosso pleno desenvolvimento só é viável se tivermos um futuro de forte dedicação à educação. Ou seja, o futuro só tem futuro se houver educação de qualidade e um profundo investimento no conhecimento tecnológico.
Durante muitos anos a Educação a Distancia foi segregada como um sub-ensino. Até hoje uma rápida busca pela Internet mostra diversos textos com pesadas críticas ao processo de ensino a distancia. Até mesmo textos que culpam o EaD por ser um processo de “exclusão social” e ponta de lança de culturas exógenas. Mas, tais posições refletem o passado ou são pessoas que permanecem no passado.
No presente, o que há é o pleno reconhecimento do papel que está a reservado a essa forma de ensino tanto por parte da estrutura de governo, como, e é bom frisar, por parte do próprio mercado de trabalho que aceita sem restrições e remunera igualmente egressos do ensino formal e egressos do EaD. Esse é o nosso presente.
Sem mencionar o fato que a partir dessa expansão do EaD criou-se uma nova categoria profissional, os tutores, que não se confundem com os docentes das instituições mas são parte indispensável do processo de ensino-aprendizagem. Essa categoria precisa ser reconhecida profissionalmente.
Nosso ensino presencial depende de fortes investimentos e tempo. Um tempo que se perde a cada dia que passa.
Desse ponto de vista o EaD não possui apenas a capacidade de chegar instantaneamente a cada canto país, mesmo o mais remoto, possui a capacidade de expansão limitada apenas pela expansão da rede física. E todos sabemos do interesse e da vontade política de expansão da rede.
Não se trata de disputa entre o ensino presencial e o ensino a distancia. Se trata de oportunidade num momento em que a nação precisa, necessita investir em seu futuro.
É disso que estamos falando.

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