Você sabe identificar se o seu filho sofre bullying?
No final da semana passada Casey Heynes, um menino australiano de 15 anos, virou a sensação na internet por reagir a uma agressão caracterizada como bullying.
Casey, apelidado de Zangief Kid, versão ‘criança’ do lutador de vídeo game da série Street Fighter, teve seus minutos de fama, recebendo milhares de mensagens de apoio no mundo inteiro, em suma, parabenizando o garoto pela reação e/ou se identificando com a forma de tratamento que ele recebeu.
O garoto chegou a dar entrevista na televisão e contou como as constantes agressões na escola o fizeram ter pensamentos suicidas e o que passou até explodir e reagir.
Em contrapartida, o garoto de 12 anos, Richard Gale, que nas imagens parece ter começado a agredi-lo sem nenhum motivo, também concedeu uma entrevista dizendo que foi perturbado primeiro, mas que o vídeo mostra pouco mais de 40 segundos.
O importante, em vez de formular quem é o vilão e quem é a vítima, e se solidarizar com um ou com o outro, é discutir o bullying na escola e como pode ser percebido pelos professores e pais a fim de ser contornado.
Pais e professores: como prevenir o problema
O assunto sempre em pauta fez com que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) produzisse e distribuísse gratuitamente uma cartilha de orientação desde o ano passado.
O pai de Casey revelou na entrevista (veja o vídeo abaixo) que não sabia que o filho sofria qualquer tipo de humilhação há anos – o que pode acontecer com muitos outros pais.
Como é normal que as crianças impliquem uma com as outras, se dêem apelidos e briguem de vez em quando, nem sempre é fácil identificar quando o problema aparece, como explica a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, autora da cartilha.
Algumas crianças, por serem diferentes de seus colegas (muito altos ou baixos, gordinhos ou muito magros, tímidos, etc), sofrem intimidações constantes. Tais comportamentos não apresentam motivações específicas ou justificáveis.
De acordo com o material, a conduta dos agressores e das vítimas pode ser identificada já em casa, por meio de sinais do comportamento. Entre alguns sinais de quem sofre bullying, estão dores de cabeça, enjoo, dor de estômago, tonturas, perda de apetite, insônia. Todos esses sintomas tendem a ser mais intensos no período que antecede o horário de as vítimas entrarem na escola.
Geralmente elas não têm amigos ou, quando têm são bem poucos; existe uma escassez de telefonemas, e-mails, torpedos, convites para festas, passeios ou viagens com o grupo escolar.
O bullying é cometido pelos meninos com maior utilização da força física e as meninas usam mais intrigas, fofocas e isolamento das colegas. Atualmente, existe também a o cyberbullying, realizado por meio de ferramentas tecnológicas.
Vale a pena ler a cartilha educadora e observar as crianças. Você encontrará informações sobre as formas de bullying, comportamento típico, papel da escola, entre outras.
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