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A reitora de Harvard, Drew Faust, deixou as portas abertas para ampliar o intercâmbio com instituições brasileiras em sua visita a São Paulo. Simpática, disse ter ficado impressionada com o tamanho da cidade.
Qual sua impressão inicial sobre São Paulo?
Durante anos ouvi falar de São Paulo e de como ela é grande. Mas, do avião, você vê a extensão da cidade. É dramático.
A senhora disse que pretende atrair alunos brasileiros para Harvard. Existe uma meta?
Gostaríamos de ver um aumento do número de brasileiros no nosso corpo de estudantes, mas não definimos números. Quando falamos em aumentar a quantidade, queremos que brasileiros talentosos participem do processo de seleção e sejam admitidos.
Como a universidade tem lidado com os reflexos da crise?
Os Estados Unidos estão enfrentando grandes desafios, com uma economia que não se recuperou tão rapidamente quanto a de vocês. Parte do orçamento de Harvard está baseado em dinheiro pago pelas famílias dos alunos – embora tenhamos um programa de auxílio financeiro substancial. Cerca de 35% do orçamento operacional vem de doações, afetadas pelas perdas em investimentos. Recebemos ainda fundos substanciais do governo para pesquisa, mas, com os déficits orçamentários, não estamos certos se haverá aumento ou queda nos repasses. Estamos sob todo tipo de pressão: sobre as famílias, doações e fundos federais.
Com a crise, agimos inicialmente para cortar despesas. Depois olhamos a longo prazo. Temos o compromisso de sustentar as nossas prioridades de ensino e pesquisa. Mesmo que o cenário financeiro mude.
O auxílio aos alunos mencionado pela senhora é concedido também a estrangeiros?
O apoio é concedido e reavaliado todos os anos, em junho. Analisamos se a situação do aluno mudou, se sua família está enfrentando ainda mais dificuldades ou se sua renda cresceu.
Na recente visita ao Brasil de Barack Obama, ele e a presidente Dilma Rousseff anunciaram a intenção de estimular o intercâmbio de estudantes dos dois países. Harvard tem interesse em participar dessa iniciativa?
Definitivamente. Precisamos saber o que exatamente eles têm em mente – se estão falando de um programa ou é só um encorajamento em geral. Mas queremos participar de todos os modos que pudermos.
Como avalia a atuação do escritório de Harvard no Brasil?
Ele tem ido extremamente bem, gerado uma série de programas e conexões. Muitos estudantes nossos têm vindo ao Brasil para programas e vários alunos e pesquisadores daqui têm ido a Harvard.
O Brasil se destaca em pesquisas na área de saúde pública. É um campo promissor para esse tipo de intercâmbio?
Já temos tradição nesse tipo de relacionamento e podemos avançar. Nossa Escola de Saúde Pública é uma das que mais têm se engajado internacionalmente, porque toda a premissa da saúde pública é de que ela não é restrita por fronteiras. Basta ver os casos da Sars, da gripe suína e da aids.
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Hélvio Romero/AE
'O escritório de Harvard no Brasil tem ido extremamente bem'
Durante anos ouvi falar de São Paulo e de como ela é grande. Mas, do avião, você vê a extensão da cidade. É dramático.
A senhora disse que pretende atrair alunos brasileiros para Harvard. Existe uma meta?
Gostaríamos de ver um aumento do número de brasileiros no nosso corpo de estudantes, mas não definimos números. Quando falamos em aumentar a quantidade, queremos que brasileiros talentosos participem do processo de seleção e sejam admitidos.
Como a universidade tem lidado com os reflexos da crise?
Os Estados Unidos estão enfrentando grandes desafios, com uma economia que não se recuperou tão rapidamente quanto a de vocês. Parte do orçamento de Harvard está baseado em dinheiro pago pelas famílias dos alunos – embora tenhamos um programa de auxílio financeiro substancial. Cerca de 35% do orçamento operacional vem de doações, afetadas pelas perdas em investimentos. Recebemos ainda fundos substanciais do governo para pesquisa, mas, com os déficits orçamentários, não estamos certos se haverá aumento ou queda nos repasses. Estamos sob todo tipo de pressão: sobre as famílias, doações e fundos federais.
Com a crise, agimos inicialmente para cortar despesas. Depois olhamos a longo prazo. Temos o compromisso de sustentar as nossas prioridades de ensino e pesquisa. Mesmo que o cenário financeiro mude.
O auxílio aos alunos mencionado pela senhora é concedido também a estrangeiros?
O apoio é concedido e reavaliado todos os anos, em junho. Analisamos se a situação do aluno mudou, se sua família está enfrentando ainda mais dificuldades ou se sua renda cresceu.
Na recente visita ao Brasil de Barack Obama, ele e a presidente Dilma Rousseff anunciaram a intenção de estimular o intercâmbio de estudantes dos dois países. Harvard tem interesse em participar dessa iniciativa?
Definitivamente. Precisamos saber o que exatamente eles têm em mente – se estão falando de um programa ou é só um encorajamento em geral. Mas queremos participar de todos os modos que pudermos.
Como avalia a atuação do escritório de Harvard no Brasil?
Ele tem ido extremamente bem, gerado uma série de programas e conexões. Muitos estudantes nossos têm vindo ao Brasil para programas e vários alunos e pesquisadores daqui têm ido a Harvard.
O Brasil se destaca em pesquisas na área de saúde pública. É um campo promissor para esse tipo de intercâmbio?
Já temos tradição nesse tipo de relacionamento e podemos avançar. Nossa Escola de Saúde Pública é uma das que mais têm se engajado internacionalmente, porque toda a premissa da saúde pública é de que ela não é restrita por fronteiras. Basta ver os casos da Sars, da gripe suína e da aids.
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